Nevoeiro
Fernando Pessoa
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Brasil* a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Brasil*, hoje és nevoeiro ...
É a Hora!
*- Portugal, no original. Fernando Pessoa teria condescendido.
O Brasil vive grave crise, todas as dimensões -- ética, política, social, econômica -- confundidas. Denso nevoeiro, luz sem brilho e sem arder. Dissipar as negras nuvens é a nobre tarefa dos brasileiros conscientes. Lutar pelo bem da Nação, combater o que Lhe faz mal. Não se dispersar, não se dividir, mover-se a certezas. Vigiar, exigir. É a Hora!
O 'blogueiro' entra em férias. Deseja aos queridos leitores muita confraternização neste final de ano, e um 2016 com ainda mais compreensão, conhecimento e participação. Até 22 de janeiro de 2016!
Caro Marcus,
ResponderExcluirObrigado pelo blog semanal. Sábado de manhã sempre me traz seus maravilhosos textos.
Boas festas para você e família.
Caro Jacques,
ExcluirTer um leitor de seu quilate é um incentivo desmedido!
Boas Festas, para você e família.
Caro Marcus,
ResponderExcluirSeu blog é a imagem perfeita do que um “honnête homme”, no sentido do francês do século XVII, pode escrever hoje sobre o mundo. E ele também ajuda a melhorar meu português :)
Boas férias e boas festas para você e sua família!
Abraços
Caro Stéphane,
ExcluirSeus amáveis e eruditos comentários me emocionam e estimulam.
Boas festas e excelente ano novo ("malgré tout") para você e sua família!
Um grande abraço